sábado, 17 de julho de 2010

NUNES - Maranhão

SEVERIANO NUNES
Capitão Tenente

DESCENDÊNCIA
Pais de Antonio Severiano Nunes
Avós de Oscar Severiano Bastos Nunes
Bisavós de Maria Stella de Gouvêa Nunes
Terceiros Avos de Anamaria Nunes Vieira Ferreira


1. SEVERIANO NUNES. Capitão Tenente. Cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Aviz. Nascido em 18 de Setembro de 1804, em Lisboa. Batizado em 20 de Outubro de 1804, na Paróquia da Real Igreja de Santa Madalena, Lisboa. Falecido em 14 de Setembro de 1858, no Maranhão.

Filho de Antonio José Nunes e Maria Raimunda Lopes. Neto paterno de Antonio José Nunes e Margarida Teresa. Neto materno de Domingos Francisco Lopes de Carvalho e Maria Sipriana de Jesus. Bisneto paterno de Antonio José Nunes e Josefa Maria. Bisneto paterno de João Gonçalves e Teresa Maria. Bisneto materno de João Francisco de Carvalho e Quitéria Lopes. Bisneto materno de Francisco Pinto de Moraes e Marcelina Antonia de Jesus. Terceiro neto paterno de Antonio Nunes da Silva e Josefa Maria. Terceiro neto materno de Manoel Pinto e Catharina Rodrigues. Terceiro neto materno de Domingos Gaspar e Sypriana Soares.

Comandante da Canhoneira Número Dois, do Hiate Netuno, do Monitor Santa Catarina e do Navio Piauí.

Em 1827 foi admitido como Segundo Tenente de Comissão, em virtude do aviso da Secretaria do Estado dos Negócios da Marinha, de 6 de Novembro de 1827, dia em que embarcou na Fragata “Paraguassu”. Passou para a Escuna “Esmenia”, em quinze de Junho de 1828, desembarcando em 27 de Setembro. Por nomeação de 18 de Outubro seguinte embarcou para a Fragata “Paraguassu”.

Segundo o Almanak, de 1844, à Página 119, e de 1849, à Página 125, era 1º Tenente. Em 1855, à página 193, é citado como 1º Tenente, Maranhão. Foi promovido à efetividade do posto de Segundo Tenente, por decreto de 18 de Outubro de 1829. Passou da Fragata “Paraguassu” para a Fragata “Dona Francisca”, em 3 de Dezembro, desembarcando em 5 de Março de 1830.

Recolheu-se ao Hospital Militar em 17 de Junho de 1830 e teve alta em 25 do mesmo mês. Por decreto de 13 de Março de 1832, foi admitido do serviço em conformidade com o Artigo 4º da Carta de Lei, de 25 de Novembro de 1830, o que foi comunicado em Aviso de 17 do mesmo mês e ano. Pela Resolução de 9 de Julho de 1830, tomada sobre consulta do Conselho Supremo Militar, de 2 de Julho de 1830, foi reintegrado no Posto de Segundo Tenente da Armada, contando a Antigüidade que lhe competia na respectiva escala. Por nomeação de 21 de Agosto de 1830, foi nomeado para servir na Divisão Naval estacionada na Província do Pará. Por outra nomeação, de 28 de mesmo mês, embarcou na Charrua “Cybello”, ficando sem efeito a nomeação anterior. Em 10 de Maio de 1840, no Maranhão, passou para o Brigue “Três de Maio”, da onde passou, em 1º de Abril seguinte a comandar a Canhoneira “Número 2”, empregada no serviço da Província. Por ordem do Presidente da Província, de 20 de Agosto de 1840, tomou o comando do Iate “Neptuno” sendo promovido.

Pelo Aviso de 25 de Agosto seguinte constou ao Quartel General que este oficial fora classificado na Primeira Classe do Quadro dos Oficiais da Armada, na conformidade do Decreto de 1º de Dezembro de 1841. Segundo o Almanak Laemmert de 1844, à Página 119 e de 1845, à Página 118, foi promovido a 1º Tenente por Decreto de 23 de Julho de 1842.

Por Aviso de 17 de Julho de 1844, foi demitido do Comando do Iate “Neptuno” a fim de responder ao Conselho de Guerra pelo abalroamento que tivera o mesmo Iate com o Patacho “Camarão”.

Embarcando sob prisão, na Barca de Vapor “Imperatriz”, da Companhia Brasileira de Paquetes, recolheu-se ao Rio de Janeiro, onde se apresentou em 15 de Novembro de 1844. Por Aviso de 19 do mesmo mês, se lhe concedeu a “Cidade”, por mensagem.

Novo Conselho de Guerra: Em 24 de Dezembro de 1844, seguiu na Barca a Vapor “Baiana” da Companhia Brasileira de Paquetes, para a Província do Maranhão a fim de responder a novo Conselho de Guerra, visto ter sido julgado nulo o primeiro. Da Província do Maranhão, voltou à Corte na Barca a Vapor “São Salvador”, apresentando-se em 30 de Março de 1845.
A Absolvição: Por sentença do Conselho Supremo Militar de Justiça, de 9 de Abril de 1845, foi absolvido daquela culpa, embarcando para a Corveta “Carioca”, em 28 de Junho de 1845, passando para a Corveta “Januária”, em 24 de Janeiro de 1846. Teve baixa ao Hospital da Marinha da Província da Bahia, em 18 de Março e alta em 26 de Abril de 1846. Baixou para o mesmo hospital em 18 de Junho e alta em 25 de Julho, embarcando na Corveta “Dona Francisca”, em 20 de Julho.

Por Aviso de 16 de Julho de 1847, foi nomeado para coadjuvar os trabalhos na Capitania do Porto da Província do Maranhão, desembarcando da Corveta “Dona Francisca”, em 19 de Julho.

Seguindo a seu destino, apresentou-se ao Presidente da Província, passando por sua ordem, em 15 de Julho de 1850, a dirigir aquela Capitania, enquanto não se apresentasse o respectivo Capitão do Porto, sendo dispensado desse serviço em 9 de Agosto. Consta no Almanak Laemmert, de 1858, à Página 235, como Ajudante do Capitão do Porto do Maranhão. Por decreto de 2 de Dezembro de 1856, foi promovido ao Posto de Capitão Tenente, segundo o Almanak Laemmert, de 1857, à Página 231.

Viveu maritalmente com a Índia Batizada RICARDA MARIA MOREIRA, natural do Maranhão, falecida antes de 29 de Outubro de 1857. Se não for possível o milagre de encontrar a Certidão de Nascimento ou Óbito de Dona Ricarda, não descobriremos coisa alguma sobre a sua ascendência. Era a nossa avó índia. Por não ter se casado com Severiano, as chances diminuem ainda mais.

Severiano Nunes apresentou Escritura de Perfilhamento de seus filhos naturais com Dona Ricarda Maria Moreira, já falecida, solteira, datada de 29 de Outubro de 1857, a saber:

1.1 Antonio Severiano Nunes, que segue.

1.2 Carolina, em 22 de Novembro de 1842;

1.3 Mariana, em 2 de Fevereiro de 1844;

1.4 Severiano, em 20 de Abril de 1845;

1.5 Olímpia, em 13 de Abril de 1855;

1.6 Pedro, em 18 de Outubro de 1856.

2. ANTONIO SEVERIANO NUNES. Capitão de Mar e Guerra Graduado, casado na Ilha do Cerrito, no Paraguai, com HUMBELINA BASTOS DOS REIS, Patriarcas da Família Bastos Nunes.

Fontes
Fé de Ofício - Arquivo da Marinha
17 de Março de 1932
Moacyr Agripino de Oliveira
M.No. 0143. PE. ES. 1ªClasse
Assentos Paroquiais em Portugal
Ana Paula Pereira
Pesquisas
Ana Carolina Nunes
Anamaria Nunes

NUNES - Vila de Tarouca

DESCENDÊNCIA
Pais de Antonio Nunes da Silva
Avós de Antonio José Nunes
Bisavós de Antonio José Nunes
Terceiros Avós de Severiano Nunes
Quartos Avós de Antonio Severiano Nunes
Quintos Avós de Oscar Severiano Bastos Nunes
Sextos avós de Maria Stella de Gouvêa Nunes
Sétimos Avós de Anamaria Nunes Vieira Ferreira


ORIGEM DA FAMÍLIA
É possível que remonte ao Cavaleiro Fidalgo Ramiro Nunes, do século XIII, sobrinho paterno de Dom Gonçalo Viegas, Mestre de Évora.

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira

JUDEUS E CRISTÃOS NOVOS
De sublinhar a diáspora dos Nunes para o Brasil, caso singular entre os réus sabugalenses. É um caso a estudar. Também vale a pena referir o elevado número de réus naturais da Guarda (6) e de Pinhel (4), pois são concelhos da região beirã bem identificados nas deslocações dos judeus sabugalenses. De sublinhar a diáspora dos Nunes para o Brasil, caso singular entre os réus sabugalenses. É um caso a estudar. Também vale a pena referir o elevado número de réus naturais da Guarda (6) e de Pinhel (4), pois são concelhos da região beirã bem identificados nas deslocações dos judeus sabugalenses.

Judeus do Sabugal
Jorge Martins

1. FRANCISCO NUNES. Nascido por volta de 1700, na Vila de Tarouca.

Casado, por volta de 1720, com MARIA DOS SANTOS. 1ª e única do nome. Nascida por volta 1700, na Vila de São Pedro de Tarouca. De acordo com a Certidão de Casamento de seu filho, é possível que fosse filha de Benedito Antonio (...) dos Santos, uma das Testemunhas da cerimônia.

É possível também que fosse irmã do Padre Antonio Nunes conforme Certidão de Batismo de seu neto Antonio José Nunes, o que tornaria parenta próxima do marido:

Aos 7 dias do mês de fevereiro de mil e setecentos e sinquenta e hum annos baptisei aAntonio, filho do primeiro matrimônio do Antonio Nunes e de sua molher Josepha Maria moradores nesta Villa de Tarouca, Freguesia do Bispado do Lamego. Ele natural da mesma villa ella natural de Arcos Freguesia de Sever. Avós paternos Antonio, digo Francisco Nunes e sua molher Maria dos Santos, naturais desta villa. Avós Maternos Domingos Rodrigues natural da villa de Peixeninho e sua molher Maria Gomes natural de Arcos Freguesia de Sever. Foram Padrinhos o Pe. Antonio Nunes e sua irmã Ma. dos Santos desta Freguesia e (...) fiz este (...) e assignei dia mês e ano (...) supra.

Foram Pais de:

2. ANTONIO NUNES DA SILVA. Nascido por volta de 1720, na Vila de São Pedro de Tarouca.

Casado, em 1ª Núpcias, em 30 de Setembro de 1748, com JOSEFA MARIA, batizada em 5 de Junho de 1729, na Sé de Arcos, na Freguesia de Cever, filha de Domingos Rodrigues, natural de Pexeninho, Freguesia de Guzende, e Maria Gomes, natural de Arcos, Freguesia de Cever, e neta materna de Antonio Gomes e Maria Francisca, moradores na mesma Freguesia. Do 2º casamento de Antonio Nunes da Silva não temos notícias, mas do 1º nasceu:

3. ANTONIO JOSÉ NUNES. Batizado em 7 de Fevereiro de 1751, na Freguesia de São Pedro de Tarouca, que teve por padrinho o Padre Antonio Nunes e por madrinha sua avó paterna Dona Maria dos Santos. Foi morador no Largo da antiga Igreja de Santo André, na Freguesia de São Pedro, distrito da Freguesia de São Thomé, na Vila de Tarouca.

Casado, em 8 de Maio de 1777, na Paroquial Igreja de São Thomé, com MARGARIDA TERESA, natural do lugar de Panasqueira, Freguesia de N. Sra. dos Olivais, extra muros, e filha legítima de João Gonçalves e de Dona Thereza Maria, moradores na Rua das Cegas, da Freguesia de São Thomé. Foram Pais de:

4. ANTONIO JOSÉ NUNES. Major Engenheiro do Exército Brasileiro (Na dúvida). Nascido em 26 de Março de 1780, e batizado em 3 de Abril de 1780, na Freguesia de São Thomé, na Vila de Tarouca, Bispado de Lamego.

Os dados a seguir podem ser referentes a ele ou a um seu homônimo que já estava no Brasil em 1820, quando é citado pela primeira vez como 1º Tenente Engenheiro do Exército, autor "da planta desde o princípio do Largo do Paço até o Arsenal do Exército" (Catálogo Exposição História do Brasil - Tomo I, página 162, registro 1686, Biblioteca Nacional). Em 1833 era Major Engenheiro recebendo soldo de 360$000 (Almanak, Ministério da Guerra, 1837-1, Página 54).

Casado, em 10 de Julho de 1802, em Lisboa, com MARIA RAIMUNDA LOPES, nascida e batizada na Freguesia de Nossa Senhora dos Olivais, filha de Domingos Francisco Lopes e Maria Sipriana. Neta paterna de João Francisco de Carvalho e Quitéria Lopes. Neta materna de Francisco Pinto de Moraes e Marcelina Antonia de Jesus. Bisneta paterna de Antonio Francisco e Margarida Marins. Bisneta paterna de Domingos Lopes e Joana Gonçalves. Bisneta materna de Domingos Gaspar e Sypriana Soares. Bisneta materna de Manoel Pinto e Catharina Rodrigues. Foram Pais de:

5. SEVERIANO NUNES. Capitão Tenente. Viveu maritalmente com a índia batizada RICARDA MARIA MOREIRA, Patriarcas da Família Nunes do Maranhão.

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Assentos Paroquiais
Ana Paula Pereira
Ana Carolina Nunes